Diário de Viagem - 2ª parte

Finalmente consegui dar um jeito no problema das fotos. Fui obrigado a comprar um leitor de SD/USB e agora posso demonstrar com imagens o que mil palavras não poderiam nunca.

Pra começo de conversa, vamos ao embarque:

Aeroporto Tom Jobim, ou pra quem mora no Rio, Galeão. Terça feira, 12 de Fevereiro de 2008. 5 horas da manhã. Me dirijo ao check in da GOL (acompanhado pela minha mãe). Após ser devidamente identificado como sendo eu mesmo, peço ao atendente para ver se daria pra me arrumar um lugar na janelinha.

Minha mãe dá o detalhe precioso:

- "Sem ser em cima da asa!"
O rapaz foi muito prestativo, olhou lá no terminal dele e anunciou:
- "Claro, sem problema. Esse vôo tá quase vazio. Vou te colocar na 8F. Não é em cima da asa. É logo no início. Do lado direito."

Sem me alongar muito no assunto, aqui vai uma foto da poltrona 8F:

ESPECIALMENTE PARA MINHA MÃE VER A única do avião que NÃO TEM JANELA!

Bem, assim que o comandante anunciou o "Preparar para decolagem" foi um corre corre lá dentro. Todo mundo trocando de lugar e eu, claro, pulei pra de trás.

Essa foi minha nova acomodação:

Há! Agora eu tinha duas janelas!

Uma hora e 40 minutos depois, o comandante fala "tripulação, preparar para pouso". Olhei pela janelinha e lá embaixo só via mato. Como se o mundo houvesse se transformado em uma grande área plana coberta de vegetação, plantações, pasto, sei lá. Só via verde. Pensei "Ou esta porra está caindo no meio da floresta amazônica e o comandante tá sendo gentil, ou eu peguei o avião errado e fui parar no Pantanal." Comecei a duvidar de minha própria sanidade ao lembrar que entre Rio e Goiânia eu não passaria por cima da floresta amazônica, muito menos do Pantanal. O que será que tinha naquela barrinha de cereal que eles me ofereceram ...? Talvez eu devesse ter pedido mais uma... Mó viagem, aí.

Enfim, deu tudo certo, a viagem foi tranquila. O desembarque ocorreu na maior naturalidade após a polícia federal levar presa uma passageira que insistiu em fumar no banheiro do avião. Duas vezes. Mesmo depois de ter sido advertida educadamente pelo comissário de bordo, a besta foi de novo e fez. Mereceu ser presa. Melhor ainda, mereceu a humilhação de ter o caso sendo explicado a todos os passageiros pelo alto-falante na voz do comandante. Não tenho nada contra cigarro, nem contra fumantes. Fumei durante mais de vinte anos. Mas é contra a lei, contra uma disposição normativa da ANAC e foi avisado no início do vôo que não era permitido fumar (houve até uma ênfase do tipo: "nem nos banheiros da aeronave"). Como já disse, mereceu.

Meu hotel é uma maravilha. Só não digo que é 5 estrelas, porque acho que constelação nenhuma do universo admitiria fazer parte de tal disparate. Meu quarto tem duas janelas. Admirem a vista privilegiada:

Só pra terminar por enquanto, eu queria ressaltar que essa cidade é quente. Muito quente. Como disse um amigo meu, aqui tem um sol pra cada um que é pra ninguém brigar.

Pra vocês terem uma idéia da coisa, o chuveiro elétrico do meu quarto de hotel tem três temperaturas: "Quente", "Fervendo" e "Fogo e Enxofre".

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Não percam amanhã: Novas fotos, o melhor teclado que já vi, Exterminadores de Detetives, e o cara que faz lente de contato.

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